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Árbitro de vídeo: clubes reprovam o uso de tecnologia no Brasileirão 2018

árbitro de vídeo

Clubes reprovam árbitro de vídeo no principal campeonato do país.

Em sentido contrário à modernidade que o mundo do futebol caminha – para a atuação cada vez mais participativa do árbitro de vídeo – o Campeonato Brasileiro estaciona na velha política. E no velho modo de se fazer futebol. O principal campeonato do país não terá o árbitro de vídeo. Impressionante. Pelo menos, a Copa do Brasil vai ter a atuação do VAR (pasmem, provavelmente) a partir das quartas de final.

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CBF é parte

A liga nacional deveria ser organizada pelos clubes. E os clubes, nessa linha de raciocínio, seriam responsáveis pela organização e adoção de novos métodos para fomentar a competitividade do campeonato. Mas o que temos hoje? Uma entidade retrograda, que serve ao interesse de federações.Os próprios clubes, com seus cartolas antiquados, não conseguem sustentar posições de independência, servindo a interesses próprios e quebrando acordos que deveriam livrá-los da dependência da Confederação Brasileira de Futebol.

Quem comanda o futebol brasileiro é a CBF. A mesma entidade que faturou 647 milhões de reais em 2016. Os clubes pagam, atualmente, a arbitragem dos jogos e o delegado das partidas. A CBF é responsável direta pela organização do campeonato.

Conseguir parceiros para viabilizar o custo do VAR não seria nenhum absurdo. E tem propriedade comercial para isso.

Alguma das partes está realmente interessada em não fazer isso acontecer…

Ou todas as partes.

Leia o relatório completo de mais de 800 partidas oficiais já realizadas com o VAR.

Clubes têm justificativa própria para vetar o árbitro de vídeo

O que serviu como justificativa foi o custo. Clubes reclamaram os altos valores que é implementar esse tipo de medida. O pior é pensar que o árbitro de vídeo é uma tendência que vai acontecer naturalmente. Estão apenas adiando uma decisão por picuinha. Informações da imprensa, o VAR sairia R$ 50 mil por jogo. Bizarro o valor de 950 mil reais por clube para todo o campeonato. Mas há de se pensar que o custo deveria ser, ao menos, dividido com a CBF. Penso que deveria ser fato consolidado a entrada do árbitro de vídeo no campeonato. Essa decisão beira o ridículo (nem deveria ter tido votação).

São 20 os clubes da série A. Deles, 12 foram contra: Corinthians, Santos, América-MG, Atlético-MG, Atlético-PR, Ceará, Cruzeiro, Fluminense, Paraná, Sport, Vasco, Vitória. 7 foram a favor: Bahia, Botafogo, Chapecoense, Flamengo, Grêmio, Internacional e Palmeiras. Apenas o São Paulo se absteve. O seu representante saiu da reunião antes da votação.

Um erro de um árbitro pode custar muito caro. Imagine um time perder uma vaga na Libertadores 2019 por que não pôde conferir um lance capital. O prejuízo por ser grave por um erro humano – compreensível – e pode sair mais caro que os custos do VAR.

Foto: CBF/divulgação

1 comment

  1. Árbitro de vídeo: a polêmica persiste no futebol brasileiro 4 maio, 2018 at 12:01 Responder

    […] O custo por cada clube da serie A seria de R$ 1 milhão dividido entre os 20 clubes. O que por muitos foi considerado muito caro, inviabilizou a novidade em 2018. No passado a votação que decidiria ou não por inserir o árbitro de vídeo encerrou com o não de alguns clubes que em sua maioria venceram a votação. Falamos aqui, no Ataque, sobre a negativa dos clubes. […]

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