Patrocínios

Fluminense, Descomplica e a gestão de crise

Crise desencandeou quando a Descomplica tentou interagir através das suas redes sociais

Cada vez mais recorrente, as marcas que patrocinam os clubes querem estar envolvidas no evento esportivo. Dentre as ações que elas promovem, a busca pela engajamento com tweets e textos via facebook são mais recorrentes. Há também ações via Instagram, onde o apelo para o consumo tem maior vantagem. Flamengo, Fluminense, Descomplica e uma recente acontecimento nos mostra como um pequeno deslize pode gerar um grande tombo.

O curso pré vestibular Descomplica, empresa de educação digital, tem 240 mil seguidores no twitter.

A marca patrocina Fluminense e Flamengo.

O grupo Descomplica estampava sua logo nas costas da camisa do time tricolor até o final de julho/18. O acordo foi assinado em 11 de maio.

Em 28 de maio, foi a vez do Fla fechar. Com o rubro negro, o contrato vai até o fim deste ano.

Em jogo disputado por Fluminense x Flamengo nesta última semana, a empresa usou o twitter para interagir com os torcedores.

A plataforma de ensino online usa sua conta na rede social para divulgar o próprio trabalho. Durante o clássico, resolveu adotar o discurso do torcedor. O grande problema foi que o conteúdo publicado no microblog era tendencioso a favor do Flamengo. Alguns tweets eram favoráveis ao Flamengo.

Fluminense, Descomplica e o resultado

A repercussão foi péssima.

A torcida do Fluminense se revoltou. A torcida do Flamengo, aproveitou. Com o avanço da comunicação via internet, os torcedores tricolores pressionaram a diretoria do clube. E claro, foram protestar em posts diversos da empresa.

Faltou prudência em todos os lados.

O Descomplica ganhou notoriedade. Mas negativa… a empresa deveria estudar muito bem a sua comunicação antes do jogo. Não sabemos como foi feita a execução da ideia, mas foi uma sequencia de erros gritantes. Fluminense, Descomplica e as pessoas envolvidas dentro das duas instituições deveriam ter decidido de forma mais prudente, e com menos paixão.

Pelo outro lado, creio que o Fluminense deveria ter agido – e pensado – como parceiro. É muito óbvio que o clube não deveria admitir isso. Mas poderia estudar uma saída mais cabível. Um anúncio de demissão de quem estava controlando o twitter da empresa, naquele momento, já jogaria uma água fria num caldeirão que estava fervendo.

As redes sociais se tornaram grandes fontes de difusão de memes. O conteúdo, em geral, tem caído em detrimento do humor.

O Fluminense rescindiu o contrato.

Ao tentar controlar a crise, o perfil decidiu deletar os tweets. Segundo o globoesporte.com, o Flu chegou a receber cerca de 350 mil. A marca se queimou um pouco. O clube, perdeu um potencial parceiro. E pode afastar, dependendo ainda da reação de outros empresários, possíveis futuros parceiros.

Perderam todos.

Leia mais: Liverpool investe na China

Leia também: Minas acerta parceria com gigante do tênis

Foto: Lucas Marçon/Fluminense

1 comment

Leave a reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.