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Brasil na Copa 2018: momento de reflexão e reconstrução

Brasil na Copa 2018

Brasil perde por 2 x 1 para a Bélgica e está fora do Mundial. Grande chance para enxergar o futuro

Após a derrota para a Bélgica, houve um clima de frustração entre os torcedores brasileiros. A expectativa pós 7 x 1 era alcançar novamente o topo do mundial que foi por 5 vezes da Seleção. Porém, o Brasil na Copa 2018 teve muito mais a aprender, do que propriamente a ensinar.

Numa ilha dominada por dirigentes que comandam muito mal o nosso futebol, o primeiro grande destaque foi o treinador Tite. E vale lembrar, o treinador tem 26 jogos no comando. Ele soma 20 vitórias,  4 empates e apenas 2 derrotas. Marcou 55 gols e sofreu somente 8. O retrospecto é totalmente favorável. E é preciso dar continuidade a este bom trabalho. Troca de comando agora não traria nenhum benefício.

Inclusive, ele mesmo começou essa renovação. A seleção estava desacreditada com Dunga. Podia não ter se classificado para a Rússia. Tite deu um novo fôlego ao Brasil e conquistou a vaga com sobras. É preciso dar tempo para o treinador desenvolver sua filosofia de trabalho. E deixá-lo trabalhar. A troca seria dar um passo para trás.

Brasil na Copa 2018 pára no meio do caminho

É preciso saber perder. A seleção Belga que sempre julgamos – e ironizamos com a frase “ótima geração Belga” – jogou muita bola. Venceu com propriedade. Em que pese a nossa seleção também tenha jogado bem e tentando muito durante o jogo, a seleção da Bélgica em momento algum viu sua classificação ameaçada. Fez 2 a 0 e comandou o restante do jogo. É bem verdade que Courtois foi obrigado a fazer cerca de 4 defesas.

A campanha chegou a ser consistente após a estreia, com 3 vitórias convincentes. Foram 8 gols marcados nesta Copa e 3 sofridos. 5 jogos, 3 vitórias, 1 empate e 1 derrota. Mas o time de Tite esbarrou na Bélgica e ficou pelo caminho. Suíca, Costa Rica e Sérvia na primeira fase. México nas oitavas e Bélgica nas quartas. Veja os resultados:

Voltando as raízes

A semente está plantada para 2022. Brasil na Copa 2018 não triunfou. Alterações pontuais vão fazer o time ficar mais forte. Possivelmente, Miranda e Thiago Silva não estarão na próxima Copa. Com 33 anos hoje, a dupla que atuou muito bem neste mundial vai ter 37 anos. Marquinhos tem 24 anos e poderá ser titular em 2022. Fernandinho também tem 33 anos deve ser carta fora do baralho. Marcelo hoje tem 30 anos. Acredito que ele ainda terá chance. Douglas Costa terá 31 anos, Neymar vai estar com 30, na Copa do Qatar. Casemiro também 30. Philippe Coutinho é mais um que terá 30. Já podemos desenhar a espinha dorsal do time a partir destes nomes. Vale lembrar que muitos jogadores irão surgir (e já estão). Em 2014, Gabriel Jesus pintava a rua em que morava para a Copa. Foi titular em 2018. Hoje, Paquetá, Vinicius Jr, Pedrinho… poderiam ser nomes para se pensar no futuro.

Pontos de observação

Eliminatórias sul-americanas deixam a desejar para a Seleção Brasileira. Explico: Temos 9 adversários, e, sendo bem sincero, somente Uruguai e Argentina em geral apresentam resistência. Em outras palavras, somente as duas apresentam estilos de jogos que podem fazer frente ao Brasil. Colômbia e Chile, às vezes conseguem fazer jogos mais duros. Às vezes. É preciso pensar em amistosos com diferentes e melhores equipes durante o calendário FIFA. Particularmente, creio que encaramos somente Alemanha, Inglaterra e Croácia como grandes times. Possivelmente, o tempo não foi um aliado para Adenor Bacchi.

Contra a Bélgica foi o primeiro jogo da Era Tite que o time toma mais de 2 gols. O Brasil na Copa 2018 mostrou uma defesa sólida, ainda assim.

Uma lição é real: não se ganha todas. A Seleção tem a missa agora de juntar os cacos e pensar na renovação do time para 2022.

Imagem: Getty Images

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