BMG no futebol e sua grande sacada com a troca de cor
Não é novidade que os bancos e entidades de crédito dominam os patrocínios máster dos clubes brasileiros.
Recentemente, um assunto ganhou grande repercussão dentre a mídia: a mudança de cor do logotipo do Banco BMG nas camisetas de Vasco, Atlético Mineiro e Corinthians.
A iniciativa tomada por torcedores chegou até o banco, que por sua vez, aceitou que a mudança ocorra, mas com uma condição (a mesma para os três clubes): 50 mil novos correntistas até o dia 31 de julho.
Fazendo a mudança, o banco não perderia a identidade?
Com certeza, não. A visibilidade ganha com as campanhas fortaleceu ainda mais o reconhecimento de marca, uma vez que teremos o “antes e depois” dos logos nos fardamentos.
Uma coincidência que pode fazer toda a diferença.
Nos três casos, a cor predominante seria a preta e branca – mas o que isso tem a ver?
O ser humano é muito responsivo ao sentido visual, o que acaba nos familiarizando com formas e cores. Caso houvessem mais adaptações de cores, poderia causar estranheza ao visualizar as estampas e passar sensação de desespero para aparecer.
Temos três grandes clubes, três grandes torcidas e o principal: três grandes audiências!
O banco, com logotipo P&B, estará nas transmissões de TV, nas ações publicitárias dos clubes e até mesmo andando pela rua, juntamente com o torcedor e possivelmente, novo cliente.
Alguns patrocinadores que já fizeram adaptação nas camisas antes
Atlético Mineiro – Le Coq Sportif (2020)
O Galo fez a mudança devido a um detalhe em azul no logotipo da marca de material esportivo, o que remete ao Cruzeiro.
Corinthians – Medial Saúde (2008)
Seguindo a mesma linha do time de minas, o Timão pediu que a empresa de convênios médicos fosse estampada em preto, já que predominava o verde, cor do Palmeiras.
São Paulo – Prevent Senior (2016)
Mesmo caso do rival paulista, a Prevent Senior tinha um detalhe em verde no logo, mas que foi retirada por iniciativa da própria empresa.
Internacional – Banrisul (2001 até hoje)
O banco Banrisul tem predominância azul em sua identidade visual, cor presente no rival gaúcho. Para que não houvesse repulsa com os torcedores colorados, a empresa também
optou pela mudança. Neste caso, o branco.
Atlético Mineiro – Caixa (2016 a 2018)
O time mineiro já havia passado por mudança no patrocínio máster, pelo mesmo motivo que adaptou a impressão do material esportivo, os detalhes azuis que remetem ao Cruzeiro.
River Plate – BBVA (2012 a 2018)
Caso idêntico ao do Colorado. Banco azul e rival com cores azuis. Adaptação para o preto.
Podemos notar que, em todos esses casos, a mudança foi feita, justamente, porque continham cores que faziam alusões aos rivais.
A mudança do BMG é simplesmente estética, o que possibilita essa exigência do banco para que a mesma ocorra. Um pedido saudável, que incentiva o consumo de ambos: clube e patrocinador.
A relação com o torcedor
A meta estipulada caminha para ser batida em todos os casos. O que levariam 150 mil novos correntistas para o banco em 1 mês. Claro, os clubes recebem – além da mudança nas camisetas – um valor proporcional por cada abertura de conta. É onde todo mundo sai ganhando.
É um bom negócio para quem torce? E a resposta é……sim!
O torcedor também recebe seus benefícios: ações conjuntas com os programas de sócio-torcedor, sorteios, encontros com ídolos e descontos.
Podemos concluir que, neste caso, além de vestir a camisa do time de coração, o torcedor vestirá, também, a camisa do astuto Banco BMG.
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Autoria: Guilherme Aversa
Imagem principal: site Mineirão
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