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Árbitro de vídeo: a polêmica continua

Árbitro de vídeo

Apontamos novos detalhes sobre o árbitro de vídeo e a necessidade do uso do recurso

O ano é 2018 e o que mais se discute diante do futebol são os inúmeros casos de erros em partidas que muitas vezes resultam num grande prejuízo. Bola na mão, gol irregular, impedimento, pênalti ou lances duvidosos. Momentos que podem ser apaziguados com a ajuda do árbitro de vídeo que tanto é citado como forma de solução.

No ano de 2017 foram inúmeras as polêmicas que foram motivo de discussão. Consequentemente geraram a necessidade do auxiliar de vídeo. Uma delas foi na partida entre Corinthians x Vasco válido pela 24º rodada do Campeonato Brasileiro. No jogo a polêmica envolvia o gol do atacante Jô que se beneficiou usando uma das mãos para empurrar a bola para o gol e assim dar a vitória e equipe do Parque São Jorge. O Atacante negou ter usado o braço para se beneficiar de propósito. Em entrevista, Jô negou qualquer ato de má fé de sua parte.

Na série B o erro foi ainda mais confuso. Logo após um lançamento pela direita da equipe do Internacional, o Bandeirinha assinalou impedimento da equipe colorada. O ato fez a equipe do Luverdense parar em campo para assinalar a falta enquanto os gaúchos se mantinham atacando e assim realizando o gol que decretou a vitória da equipe do Sul. O autor do gol William Pottker comemorou junto de seus companheiros enquanto praticamente toda a equipe e comissão técnica do Luverdense se fechavam em volta do árbitro e do bandeira que causou todo o tumulto.

Árbitro de vídeo: custos que inviabilizam a novidade

Será que realmente é necessário o árbitro de vídeo? Os gastos valem à pena? No Brasil isso seria bem recebido ou seria vista como um preconceito por ser algo do ‘’futebol moderno’’? De acordo com a Folha de São Paulo o árbitro de vídeo Brasileiro seria o mais caro do mundo chegando a R$ 20 milhões por clube enquanto na Europa o preço seria bem inferior, como na Espanha em que o preço estaria próximo dos R$ 12,5 milhões. Para surpresa geral, o valor é de até R$ 3 milhões em Portugal.

Mas por que tão caro no Brasil?

Uma das justificativas apresentada é em função da dimensão do país. Por isso seria inviável uma única central de vídeo ligada por cabos de fibra óptica com todos os estádios da primeira divisão.

O custo por cada clube da serie A seria de R$ 1 milhão dividido entre os 20 clubes. O que por muitos foi considerado muito caro, inviabilizou a novidade em 2018. No passado a votação que decidiria ou não por inserir o árbitro de vídeo encerrou com o não de alguns clubes que em sua maioria venceram a votação. Falamos aqui, no Ataque, sobre a negativa dos clubes.

Clubes à favor; Flamengo, Bahia, Chapecoense, Botafogo, Palmeiras, Grêmio e Internacional.

Clubes contra; Corinthians, Santos, Atlético-MG, Cruzeiro, América-MG, Atlético-PR, Paraná, Vasco, Fluminense, Sport, Vitória e Ceará.

São Paulo não votou, pois seu presidente saiu momentos antes do inicio da votação.

Opiniões divididas

O árbitro de vídeo divide muitas opiniões. Ao meu ver seria uma nova conquista para o futebol brasileiro não precisar mais depender apenas da interpretação dos que estão em campo e que seguidamente vem cometendo erros graves e de grandes proporções. O alto custo para os clubes ainda é um entrave e é compreensível. Muitas das equipes não disponibilizarem uma quantia tão alta. Clubes de menor expressão recém chegados na primeira divisão pagariam um valor que talvez seria para cobrir gastos da equipe e assim deixaria de investir dentro do próprio clube.

Uma alternativa seria trazer estes gastos para a CBF. E fazer com que a mesma cubra estes valores para que este investimento seja feito para o próprio futebol brasileiro.

Gustavo Oliveira, é estudante de marketing e colaborou com o Ataque.

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