Balanço do Cruzeiro 2019/2020 | entenda a situação após a publicação
O Cruzeiro ainda está combalido com tudo o que aconteceu em 2019. Após as reportagens da Rede Globo em 2019 que trouxeram a tona ingerência do clube, o balanço do Cruzeiro foi divulgado e a situação é bastante complicada. Bastante. Fizemos um apanhado de uma forma mais didática.
Destrinchando os números após a divulgação do balanço do Cruzeiro
O déficit do clube no ano passado foi de 394 milhões de reais. No balanço, dos R$ 803 milhões que o Cruzeiro tem em dívidas, 684 milhões de reais é no curto prazo. Ou seja: tem 12 meses pra pagar. Isso porque a dívida do Profut que era no longo prazo, foi para o curto prazo, com a exclusão do clube do programa. Em tese o clube segue fora do Profut. O Cruzeiro entrou com uma liminar que não foi julgada ainda. E como não pagaram nada este ano, o clube Celeste foi excluído. Assim como a exclusão do PAES também.
O Cruzeiro deve 27 milhões só pra empresários que fizeram intermediação. Empréstimos bancários somam 172 milhões a pagar e alguns só começarão a ser pagos em 2021 e 22. Tem empréstimo no BMG com taxa de 14% ao ano e do banco Renner, patrocinador do clube, de 24% ao ano. Taxa absurda.
Todas as receitas de televisão, que puderam ser adiantadas, foram. Através de empréstimo do Fundo Polo. Para que você entenda, segue um exemplo: pega 15 milhões de adiantamento e paga 20 milhões. A dívida com outros clubes é de 160 milhões de reais. Há débito de IPTU na toca II. Entretanto, o patrimônio é menor que a dívida.
Passivo supera o ativo – e haverá mais perdas
Praticamente, o passivo é 485 milhões maior que o ativo. Sendo que o ativo ainda vai perder muito, pois saíram jogadores. Mas aqui, vale lembrar que alguns processos na justiça podem começar a surgir – como já surgiram de Mano Menezes, Thiago Neves e Fred. O déficit acumulado de anos anteriores, é de 695 milhões. Despesa administrativa dobrou. De 23 milhões pra 46 milhões. Despesas financeiras foram pra 127 milhões.
A despesa era de 35 milhões, mas entrou o juros do Profut. Contudo, uma mentira caiu mal. Sérgio Nonato prometeu o maior patrocínio da histórias. Mas não foi assim. O maior patrocínio da história foi menor que 2018. 5 milhões apenas. Despesa com pessoal foi de 62 milhões. 100% a mais de 2018. Dívida fiscal pra pagar este ano é de 246 mi.
Sócio torcedor caiu de 23 para 14 milhões. Receita com transmissão e premiação caiu de 190 para 105 milhões. Na série b será bem menor que os 105. O time mineiro tentou renegociar o recebimento de TV, que é a maior fonte de renda do clube. Não deu certo. Em primeior lugar porque o valor a receber este ano será mesmo fixa, igual para todo clube da série B: 8 milhões. Segundo, porque a gestão de Wagner Pires de Sá antecipou R$ 70 milhões das receitas de televisão da Globo em 2018, que serão descontados até 2022. O clube ainda citou a dificuldade que passa por causa da Covid.
A história ainda vai continuar. O balanço de 2020 a ser apresentado no ano que vem não vai ajudar.
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Foto: Pixbay/Montagem
Colaborou: Vinicius Cardozo.
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