Estratégias de inovação e governança para a evolução do futebol brasileiro
*Por Fátima Bana
O futebol brasileiro, enraizado na paixão nacional, enfrenta desafios que exigem uma reestruturação significativa em governança e inovação em negócios. Para tanto, é preciso aprimorar a governança nos clubes e explorar novos modelos de rentabilidade.
Uma governança robusta é fundamental para o sucesso sustentável dos clubes. A transparência, a ética e a inclusão de competências diversificadas nos conselhos administrativos são práticas que já mostram resultados significativos em clubes europeus.
- O clube holandês Ajax, por exemplo, é reconhecido por seu modelo de governança que inclui stakeholders em seu conselho, como torcedores, que participam das decisões estratégicas, garantindo que os interesses dos principais afetados pelas políticas do clube sejam considerados.
- Já o clube alemão Bayern de Munique integra ex-jogadores no conselho, garantindo que a expertise e experiência esportiva influenciem as decisões estratégicas. Além disso, eles mantêm um rigoroso controle financeiro e operacional que serve de benchmark para clubes de todo o mundo.
A renovação do modelo de negócios dos clubes é fundamental, por isso, diversificar fontes de renda por meio da inovação em produtos e serviços é crucial para reduzir a dependência de receitas voláteis como vendas de ingressos e jogadores.
- O Manchester City utiliza a realidade aumentada para melhorar a experiência do fã no estádio, como aplicativos que permitem visualizar replays em 3D e estatísticas em tempo real.
- O clube francês, Paris Saint-Germain, expandiu seu merchandising com linhas de moda de luxo, colaborando com marcas como Nike e Jordan, demonstrando como a associação com marcas de estilo de vida pode aumentar o alcance global e as receitas.
A tecnologia permite criar formas de interação, gerando receitas adicionais e fortalecendo o vínculo com os torcedores, sendo imprescindível explorar novas formas de interação e rentabilidade.
- No futebol árabe, o clube saudita Al Hilal, tem um dos maiores programas de sócios, oferecendo benefícios exclusivos e uma plataforma digital para interação direta com o clube, aumentando significativamente sua base de fãs e receita.
- Já o Al Nassr, atrai grandes patrocínios internacionais e realiza eventos globais que não só aumentam a visibilidade do clube, mas também trazem receitas significativas de merchandising e direitos de transmissão. No Brasil, o Santos já faz isso desde o século passado, sabemos o quanto isso é rentável e importante para fixação da marca.
Abaixo, exemplifico mais estratégias internacionais de rentabilidade do futebol europeu:
- O Liverpool introduziu uma estratégia de merchandising onde os fãs podem personalizar camisas e outros produtos, o que ampliou drasticamente as vendas online. Não apenas na loja ou no site – o torcedor consegue criar até esmaltes personalizados, adesivos de unhas e cílios!!! Quem já viu a torcida vê que a criatividade realmente vende.
- Já o Real Madrid fez uma parceria estratégica com a Microsoft que foca na análise de dados para aprimorar tanto a performance em campo quanto a experiência do torcedor, o que se traduz em decisões mais informadas e melhor engajamento dos fãs.
A trajetória de evolução do futebol brasileiro envolve uma reformulação profunda em sua estrutura de governança e a adoção de estratégias de negócios mais diversificadas e inovadoras. Inspirar-se em modelos internacionais bem-sucedidos e adaptá-los à realidade brasileira pode não apenas fortalecer a gestão interna dos clubes, mas também expandir sua influência e rentabilidade no cenário global.
Essas mudanças poderão garantir um futuro mais sustentável e promissor para o futebol no Brasil.
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