Novos tempos: estratégias de marketing esportivo
Uma visão sobre os novos tempos do Marketing Esportivo e como os clubes deveriam aproveitar mais as ofertas para atrair público, por Léo Rocha.
Em pleno 2018, é curioso perceber como as instituições esportivas no Brasil, principalmente os grandes clubes de futebol, não sabem aproveitar o poder que possuem junto às suas torcidas. Seja nos programas de sócios, na promoção de jogos, no licenciamento de produtos, na mais básica comunicação com o torcedor, tudo parece ainda ser feito como há 20 ou 30 anos atrás. Mas o que as estratégias de marketing esportivo podem nos mostrar?
Além da impossibilidade financeira e estrutural de incorporar novas tecnologias, vejo muitas vezes a ausência de criatividade e amplitude nas atividades realizadas pelos departamentos de marketing. Se antigamente o futebol representava uma exclusiva opção de entretenimento, hoje em dia são inúmeras as possibilidades de lazer disponíveis em qualquer fim de semana, e isso afeta diretamente a decisão de uma pessoa de ir ou não a um jogo.
Com uma escassez cada vez maior de tempo e dinheiro do público em geral, qualquer evento esportivo precisa agregar valores para engajar as pessoas, o que significa oferecer uma série de benefícios intangíveis. O planejamento para a promoção de um jogo, por exemplo, deve incluir atrações que não se resumam à partida propriamente dita.
Estratégias de Marketing Esportivo podem fazer a diferença
Independente do esporte, é preciso usar estratégias específicas para seduzir diferentes segmentos de público. Famílias com ou sem filhos, casais, grupos de amigos, curiosos, torcedores fanáticos, são vários os públicos diretamente atingidos pelas comunicações dos clubes, e cada um deles exige uma abordagem única e efetiva.
Famílias com filhos pequenos, por exemplo, ficariam mais propensos a ir a um evento em que houvesse setores exclusivos, com áreas de playground, além de banheiros apropriados, com trocadores de bebês e sanitários rebaixados. Torcedores que não costumam ir a jogos também são um grupo importante. E precisam ser conquistados com atrativos diferenciados, como shows de música, food/beer trucks e atividades nas quais possam participar com amigos.
Em pleno 2018, os clubes promovem seus jogos para um único tipo de público. O suposto torcedor abnegado que vai aos jogos “pelo amor ao clube”. Essa visão de torcida faz parte do passado. Além de diversificado, o público que frequenta estádios também está mais sofisticado e exigente.
Claro, todos querem ver um bom espetáculo dentro de campo. Um clube pode manter o interesse dos seus fãs mesmo quando o time não vai tão bem ou quando o jogo em si não é tão interessante.
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*Léo Rocha tem 38 anos e é tradutor. Formado em Publicidade, está cursando MBA em Marketing e iniciando uma nova trajetória profissional no marketing esportivo. Acompanhe-o:
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