A inovação no esporte tem seguido um caminho curioso.

Clubes de futebol estão gastando muito dinheiro em “inovação digital” enquanto suas receitas não são alavancadas.

É como comprar um Ferrari sem saber dirigir.

Dia após dia no marketing esportivo vejo esse filme se repetir constantemente.

Há alguns erros críticos nesse processo:

• Apps sofisticados que ninguém baixa (mas custam caro)
• Realidade aumentada que ninguém usa (mas impressiona na apresentação)
• NFTs que ninguém compra (mas geram manchetes)
• Tokens que não tokenizam nada (mas parecem “disruptivos”)

Um diretor de marketing me confessou: “Gastamos quase R$1 milhão em tecnologia e não conseguimos aumentar a receita.”

O problema? Estão inovando nas ferramentas, não na mentalidade.

Enquanto isso, os fundamentos são completamente ignorados:

▪️ Entender quem realmente é o torcedor (além dos estereótipos)
▪️ Mapear sua jornada completa (da decisão à pós-experiência)
▪️ Identificar pontos de atrito na experiência (que afastam mesmo os mais fiéis)
▪️ Construir relacionamento além dos 90 minutos (o futebol é 24/7)

Sem orçamento para “inovações digitais”, o clube pode focar no básico:

1. Entrevistar torcedores para entender suas frustrações reais
2. Descobrir sobre o processo de compra
3. Identificar torcedores que queriam ir ao estádio
4. Criar um programa simples de “primeiro jogo” com acompanhamento

A verdadeira inovação não está na tecnologia. Está na mudança de mentalidade.

É mais fácil comprar um app do que mudar processos. É mais confortável falar de blockchain do que redesenhar experiências. Impressiona mais mostrar VR do que treinar atendimento.

Mas a inovação no esporte que realmente importa é quase sempre invisível para quem está de fora.

Antes de aprovar a próxima ferramenta “revolucionária”, faça três perguntas:

1. Isso resolve um problema real do torcedor?
2. Simplifica ou complica a experiência?
3. Estamos medindo conversão ou apenas engajamento?

A tecnologia é apenas um meio. O fim deve ser sempre a experiência do torcedor.

Estamos inovando no que realmente importa?

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Artigo sugerido: Inovação esportiva e o mundo corporativo

Imagem: www.hkozour.com

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