Patrocínio esportivo: visão de relacionamento
O patrocínio esportivo na visão do relacionamento
Vi um profissional de marketing de um importante clube brasileiro reclamando sobre a dificuldade na captação de patrocínio, ontem, pela televisão. Será que ele realmente sabe o que é o patrocínio esportivo?
Fiquei curioso e um ponto me chamou muito a atenção.
O profissional em questão queixava-se da falta de dinheiro e falta de apoio dos empresários.
Visão distorcida.
O patrocínio esportivo mudou muito.
É preciso enxergar além da exposição para a marca em troca de dinheiro. O patrocínio pode – e deve ser – um meio de visibilidade, mas também uma ferramenta de relacionamento entre clube e marca aproveitando a valiosa base de dados: os torcedores.
A marca investe no esporte porque tem que fazer mais negócios e ganhar visibilidade. Como ela faz não é segredo: patrocina o clube e se relaciona com torcedores.
O que ela faz é uma relação ganha-ganha com o clube. Diferente de uma ação de momento como o patrocínio pontual a um clube, por exemplo.
Será que o clube dele proporciona isso para o parceiro comercial?
Dica: pense fora da caixa e entenda a necessidade do parceiro comercial. Do contrário, veremos diretores na televisão com mais frequência.
Quando temos em mãos uma ótima proposta de patrocínio, ela tem que ir além do valor. Mais que uma quantia de impacto, você tem que pensar que o valor recorrente deve ser prioridade.
Não estou recusando – e não somos obrigados a recusar – um alto valor só porque o parceiro quer visibilidade.
Mas, coloque na balança. Uma receita recorrente mensal representa fluxo de receita previsível. Um propósito primário de manter fidelidade com a marca é permitir receber o pagamento a longo prazo.
Para que o clube tenha em contrapartida o pagamento a longo prazo, é necessário criar relacionamento com o patrocinador, oferecendo formas de ganho que façam valer a pena o investimento.
Ninguém doa dinheiro. E essa visão “dinheiro-visibilidade” do patrocinador tem que ser definitivamente enterrada.