Qual o segredo na corrida para se ter mais seguidores – e porque isso não é importante.

Regularmente, o Ibope tem divulgado o ranking digital de clubes. Trata-se de uma análise simples que mede q quantidade de seguidores dos principais clubes do Brasil em cada rede social. Simplesmente números. Quem tem mais, segue a frente. É legal – e por que não curioso – ver que os seguidores somam e interferem no quanto cada clube pode alcançar em número. Mas se pararmos para pensar, essa corrida não precisa ser levada a sério. Por que?

Vamos pegar um time de massa como exemplo. O Flamengo tem mais seguidores mas não necessariamente tem o melhor perfil. Ter o melhor perfil é questão de opinião, certo? Ok. Mas é preciso colocar na régua algumas métricas que influenciam isso. Mais seguidores significa que o clube tem mais torcedores? É matemática. Obviamente, o Flamengo por ter a maior torcida do Brasil vai estar no topo deste ranking – pelo menos entre os 3 primeiros colocados. É algo natural.

E isso não é demérito. Contudo, nem todo torcedor segue somente seu time. Um perfil qualquer pode seguir o Flamengo e o Corinthians. Mas pode não seguir o Palmeiras, por exemplo. Então temos aí somente um ranking de vaidade. Números de vaidade. E não podemos esquecer de um detalhe: “comprar” seguidor em rede social hoje em dia não é nada difícil.

Por que o torcedor se prende ao ranking digital dos clubes?

Primeiro ponto é a rivalidade em si. Ver o seu time com mais seguidores é uma receita pronta. O torcedor atual já se acostumou a se comportar na internet: torcendo, vibrando, reclamando e até mesmo zoando o rival.

O Minas Tênis Clube, um dos maiores clubes do país, fez uma publicação para “comemorar” o número de seguidores. Mas sejamos práticos. Novamente: número de seguidores não quer dizer nada! É preciso analisar o engajamento ou se as publicações são interessantes.

A conta do Ataque segue vários clubes. Ou seja, claro, seguimos o MTC. Neste cenário, está claro que nem todos os seguidores do clube são necessariamente torcedores.

Em segundo lugar, há apenas o conhecimento sobre os seguidores. Dificilmente se pensa no engajamento como base de força nas relações na rede. O momento do clube influencia no engajamento? Influencia sim. Mas a qualidade do conteúdo, capacidade de interação e como as peças e a arte tem um bom design ajuda.

Marcas querem perfis com muitos seguidores?

Marcas querem perfis de destaque, sem dúvida. Quanto maior o funil de seguidores, maior a chance do engajamento. Tratar o conteúdo como ferramenta de qualidade é muito importante para fomentar o engajamento. O momento do clube influencia no engajamento, mas, independente disso, o torcedor não abandona a rede social do clube por isto.

Não podemos deixar que simplesmente o número de seguidores influenciem nos meios digitais. Números são interessantes, mas sem uma análise profunda do engajamento, serão somente números. Por qualidade em conteúdo e não forçar uma corrida por números, deixamos aqui nosso apelo.

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Imagem: Pixabay

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