Mulheres no marketing esportivo: o lugar cativo conquistado
A mulher e a inserção de cada uma delas no esporte sob a visão de Luana Costa
A entrada das mulheres no marketing esportivo passa pela participação no esporte em si. É quase impensável que, ainda hoje, existam pessoas capazes de dizer que futebol não é lugar para mulheres. Espera aí, e a Marta? As bolas de ouro como melhor jogadora do mundo servem para quebrar qualquer tentativa de argumento. E claro, de que mulher não entende e nem deveria estar inserida nesse meio. Certo? Não muito. E porque não? Embora ainda haja discriminação, muitos clubes, marcas e profissionais, vem tentando mudar esse cenário. Usam propagandas, ações, camisas para elas. Tudo para fazer com que as torcedoras sintam-se à vontade inseridas na torcida e fazer parte do clube.
O marketing esportivo é uma ferramenta utilizada para falar do esporte e promover a satisfação das necessidades ou desejos dos consumidores e/ou clientes. Sendo assim, a comunicação do clube com a torcida deve ser de maneira geral, sem distinção. Justamente por esse motivo, preconceito, e percebendo a crescente e insistente participação, procura, ida aos jogos, envolvimento, dentre outros, o marketing esportivo vem mudando, passa de “futebol amador, várzea” para “público crescente e exigente, profissional”. O mundo ainda é muito machista. Porém pequenas ações, campanhas, participações, fazem com que mais mulheres sonhem em estar presente no futebol. Ou no esporte. Seja através da vontade de vestir a camisa da seleção brasileira feminina ou da vontade de gerir um clube. Por exemplo, e os exemplos de mulheres à frente de clubes existe, como: SD Eibar (ESP), Racing (ARG), Esporte Clube Explosão (BRA/SP), e devem existir mais exemplos para servirem de inspiração.
Veja mais: Marcela Lima é diretora de marketing do Sport Recife.
Visibilidade das mulheres no marketing esportivo
As mulheres precisam sair das sombras e ganhar mais visibilidade. Não neguemos às mulheres o desejo de torcer, defender, amar um clube por gênero. Contudo, os argumentos se acabam e elas seguem indo para as arquibancadas. Algumas vezes com camisas masculinas pequenas devido às femininas terem se esgotado, tanto pela pouca produção quanto pela procura.
O futebol é um esporte jogado por homens onde as mulheres tentam quebrar esteriótipos, como: maria chuteira, acompanhante do namorado, lésbica, tantos outros, e quebrar também a erotização que ainda persiste. Nesse contexto, feminizar as mulheres é, sobretudo, feminizar a aparência e o controle dos seus corpos sem, apenas, ressaltar a beleza física. Bem por isso, algumas vezes, tem jornalistas que sofrem quando fazem transmissão de grandes eventos. E a entrada das mulheres no marketing esportivo tem que desviar disso. Hoje, os números de executivas trabalhando no mercado é
Estrutura ainda é falha
As mulheres estão presentes no futebol há muito tempo. A entrada das mulheres no marketing esportivo está sendo notada. Porém, a precariedade tanto de estrutura (tanto na prática de esporte quanto ao que diz respeito ao incentivo), fora a mídia esportiva que oferece pouco espaço às mulheres, e ainda fazem programas com o intuito de desmotivar, ofender ou envergonhar, como no caso da musa do Goiás num certo programa de televisão. Deveriam focar nas campanhas para fazer com que as mulheres estejam mais presentes e sintam-se à vontade para comparecer aos jogos, sozinha ou acompanhada, para alentar/torcer pelo time sem se preocupar com a roupa ou o modo de torcer.
O marketing esportivo tem um papel de aplicação aos princípios do marketing onde algumas peculiaridades referem-se ao esporte como entretenimento, onde a paixão e a emoção estão presentes nos 90 minutos da partida, facilitando as ações do marketing que ligam-se, por vezes, nos momentos de conquistas. Sendo assim, a mulher no futebol é uma conquista. Errado é quem pensa diferente. Errado é querer afastar as mulheres por preconceito. Errado é sexualizar as mulheres no esporte e achar que isso é algum tipo de incentivo.
O espaço que todas as mulheres buscam é de todos. As mulheres precisam de respeito.
*Luana Costa é de Belém do Pará, torcedora do Paysandu. Adora Marketing Esportivo e contribuiu com o Ataque neste dia das mulheres.
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Imagem: pixbay
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