A concorrência ao esporte em outros canais

Em recente entrevista, o El País perguntou para Peter Moore, diretor executivo do Liverpool o que representa o Fortnite – e os jogos eletrônicos –  como desafio para o negócio do futebol. O desafio do esporte em 2020 vai além da disputa pela vitória. A entrevista de Moore foi em outubro/19. E a pergunta não foi diretamente sobre os desafios, mas já podemos visualizar esse tipo de disputa pelos torcedores.

Os modelos de negócios são distintos mas ambos competem pelo tempo de atenção do jovem. Em janeiro deste ano, o Netflix já havia sinalizado que o seu grande rival era o próprio Fortnite. Mais rival que a HBO.

o desafio do esporte em 2020

O que vemos é o streaming oferecendo mais poder de escolha e mais liberdade para o espectador. O game oferece cada vez mais toques de realidade em jogos que impulsionam a emoção do gamer. Mobile e televisão são parâmetros que precisam ser mensurados. O desafio do esporte em 2020 nada mais é que mudar esse panorama e ocupar espaços estratégicos na rotina dos mais jovens.

A competição trata sobre o tempo do consumidor em frente à tela, então qualquer coisa que envolva TV ou aparelhos mobile, incluindo videogames, é visto como concorrente nesse meio. Hoje, o jovem, vive uma sociedade cada vez mais dinâmica, por exemplo. Hoje se consome informação na palma da mão e em questão de instantes. Contudo, essa não é uma realidade imutável.

Peter Moore cita o futebol americano para justificar seu ponto de vista: “Todos os esportes enfrentam esse problema de audiência. A NFL oferece partidas de três horas e meia. Será que os torcedores do futuro vão realmente se concentrar nisso?“

Experiência

O futebol – e todos os outros esportes – deixaram de ser apenas a disputa no tempo regular. Além de oferecer um evento de qualidade, é preciso oferecer mais ao torcedor. Por que? Porque o esporte de alta performance pode abrir as portas para a interação.

Ao menos no futebol, uma partida dura cerca de 2 horas. É preciso que o esporte, na ação dos clubes, e uma infinidade de ações que conectem o esporte à rotina dos torcedores. Especialmente os mais jovens, que estão diretamente ligados a novidades e mudança de comportamento. Além disso, a vulnerabilidade de prender a atenção se torna um desafio quando o esporte precisa criar mecanismos para focar no telespectador.

Entretanto, é preciso interagir com o torcedor. Oferecer dados substanciais das partidas. Colocá-lo dentro da partida, como peça do jogo. Oferecer câmeras exclusivas com imagens incríveis. Deixar que o torcedor opine. 

Em conclusão, há uma clara disputa em jogo. Games, streaming e o esporte. Youtube e games portáteis também podem ameaçar. No entanto, cada um terá que partir para encontrar o seu espaço e ficar com a maior fatia.

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Imagem: Site do Fortnite

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