Edson Arantes do Nascimento, o nosso Pelé, é considerado o maior jogador de futebol de todos os tempos. A revista TIME o incluiu em sua lista das 100 pessoas mais influentes do século 20. Em 1970, quando a Seleção Brasileira estava a caminho da conquista da Copa do Mundo, sua fama e influência estavam em alta e gerou um grande caso no marketing esportivo.

Vale lembrar que a seleção de 70, por si só, já era um espetáculo. Além de grandes nomes, o esquadrão contava com um Pelé já celebrado pelo mundo do futebol e, portanto, um nome forte no esporte. A carreira dele já estava consolidada. E o momento do futebol era de fato, diferente: foi a primeira transmissão da Copa do Mundo em cores.

Pelé, Puma e Adidas e a emboscada

A fama do Rei do Futebol já se espalhava pelo mundo. Ora essa, então por que as empresas não patrocinavam o maior jogador de futebol do mundo? Sim, naquele tempo já havia o contrato de patrocínio aos atletas com marcas. Adidas e Puma, as duas maiores empresas de chuteiras do mundo na época, chegaram a ter um “Pacto Pelé” que as impedia de contratar o atleta por medo de desencadear uma guerra de lances que arruinaria as duas empresas. Mas a Puma quebrou o pacto no que foi sem dúvida uma das jogadas de marketing mais astutas de todos os tempos.

De acordo com a obra “Irmãos e Rivais“, que conta a história da Adidas e a posterior criação da Puma, um representante da empresa chamado Hans Henningsen procurou Pelé e lhe ofereceu US$ 25.000 (com mais US$ 100.000 em negócios que viriam desse acordo) para fazer algo que tornaria a Puma um nome gigante no futebol pelo mundo.

Em campo

Poucos segundos antes do início da partida das quartas de final da Copa do Mundo entre Brasil e Peru, Pelé foi direto para o meio do campo e pediu tempo aos árbitros para amarrar as chuteiras. As câmeras se aproximaram e milhões de pessoas ao redor do mundo assistiram enquanto ele se abaixava e pegava os cadarços.

A grossa faixa curva da marca era inconfundível, assim como a mensagem que silenciosamente gritava para o mundo. Pelé, o maior atleta vivo da época, usava tênis Puma.

Reza a lenda que Pelé não sabia do Pacto. E que ele, mesmo sob contrato da Puma, usava chuteiras da Adidas: que cabiam melhor em seu pé (ele apenas tirava as listras da chuteira).

Uma mídia espontânea e fora do normal na época, que deixou registrado que o maior do mundo era atleta da Puma.

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Imagem: reprodução do vídeo

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