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The Players’ Tribune – entrevista com Eduardo Paulsen

The Players’ Tribune

O The Players’ Tribune, primeira plataforma de conteúdo do mundo liderada por atletas, mais uma vez tem sido destaque de repercussão durante a Copa do Mundo. Não só no Brasil, mas em todo o mundo. Como fez nas últimas edições com peças marcantes como a do belga Romelu Lukaku, a marca do grupo Minute Media desenvolveu nos últimos meses conteúdos exclusivos focados no Mundial, trazendo depoimentos emocionantes de importantes nomes do futebol brasileiro e mundial.

Dentre os conteúdos publicados com gancho na Copa do Mundo na plataforma, um dos grandes destaques vai para a carta que o ex-jogador e tetracampeão mundial Romário escreveu para o grande nome da seleção de 2022, Neymar Jr. Todos os conteúdos têm desafiado o status quo e quebrado paradigmas de temas e discussões que vão muito além do esporte. Os depoimentos saíram das editorias de esporte e levaram pautas sociais importantes para o mercado por meio de histórias inéditas publicadas pelo ponto de vista mais íntimo dos atletas.

Foi com essa ponte que chegamos até ao Eduardo Paulsen, Head do The Player’s Tribune e Country Manager do grupo Minute Media do Brasil, e batemos um papo com ele. Confira:

Entrevista com Eduardo Paulsen, do The Players’ Tribune

Como é para a TPT quebrar paradigmas do futebol?

Isso é algo natural; não é necessariamente um objetivo nosso. Pois, na maioria das vezes, são temas trazidos pelos próprios jogadores. Temas que eles querem abordar e que, muitas vezes, não têm espaço na mídia tradicional. No Brasil, temos uma vantagem grande, de já ter lançado com esse legado mundialmente conhecido da marca nos Estados Unidos. E eu sempre gosto de reforçar que o The Players’ Tribune não se limita ao futebol. Temos atletas de diversas modalidades, quebrando diversos paradigmas.

Como a TPT se posiciona na produção de conteúdo para o futebol/esporte?

The Players’ Tribune nasceu com um posicionamento claro e forte, que é a essência da marca: a voz do jogo (em inglês: the voice of the game). Isso porque damos voz aos principais atletas do mundo esportivo e reproduzimos, de uma maneira única, histórias de seres-humanos.

Qual o depoimento você acredita que foi o mais impactante?

Essa é uma pergunta muito pessoal. Particularmente, tenho dois que me impactaram muito. Do TPT Brasil, o depoimento do Raniel foi um dos mais marcantes. A verdade é que eu não fazia ideia da história dele; e é uma história muito pesada. Confesso que eu chorei e fiquei arrepiado quando li a primeira versão do rascunho. Chorei ainda mais com a versão final. A segunda, do TPT americano (nossa nave-mãe, como brincamos internamente), foi o depoimento do tenista Mardy Fish, que depois virou um episódio da série UNTOLD, do Netflix. Joguei tênis de alto rendimento durante toda a minha infância e adolescência. Abdiquei de muitas coisas. Então, ao ler aquele depoimento, eu me vi na pele daquele atleta. A diferença é que ele teve – muito – sucesso. (Risos)

Como tem sido a aceitação do público?

Essa é uma pergunta difícil. Quem é o nosso público? Nosso foco principal é o atleta; a primeira aceitação precisa ser deles. É para eles que trabalhamos; para dar voz às diversas histórias nunca contadas. Mas, é claro que o público final, o leitor, é quem consome essas histórias, ri, se apaixona, chora, etc. De alguma forma, é pra eles que nós contamos. E tem os diversos veículos / editorias esportivas. São eles que multiplicam as nossas histórias, ajudam a levar para mais pessoas e aprofundar ou repercutir alguns temas. É através deles que chegamos em diversas pessoas que ainda não nos conhecem. No fim, posso dizer que temos muita aceitação de todos eles. Nós e nossa ‘nave-mãe’ estamos muito felizes com os resultados até aqui.

Quem você (ou a editoria da TPT) gostaria que desse um depoimento no TPT? E por qual motivo?

Nosso time é super audacioso e tem vários planos. E parece que, em breve, vem coisa boa por aí. (Risos) Mas eu, o Edu tenista e vascaíno, adoraria ver um depoimento do Guga e do Juninho Pernambucano. São dois ídolos que eu tive na infância e que ainda não tivemos a oportunidade de contar a história. Quem sabe em 2023…

Já pensou em transformar esse projeto em alguma espécie de série ou documentário?

Já temos diversas séries e documentários. A verdade é que o projeto (The Players’ Tribune) é mais amplo. Trata-se de dar voz aos atletas de diversas formas, através de diversas plataformas e formatos. Temos, por exemplo, séries que participamos, como o UNTOLD, da Netflix, que produzimos como o Knuckleheads (com os ex-atletas da NBA, Quentin Richardson e Darius Miles), que recentemente chegou ao 100º episódio, entre outras. E também temos documentários, como o ‘Respeita as Mina’, onde contamos a história da profissionalização do futebol feminino do Corinthians sob os olhos das atletas.

Quais os planos para 2023?

São muitos. Mas eu diria que nosso principal foco de 2023 é expandir ainda mais a nossa marca. Tanto na comunidade de atletas, como no público final. E sabemos que conseguimos fazer isso sozinhos, mas que somos muito mais fortes com parceiros. Então, esperem que esse ano teremos muitos projetos em conjunto para anunciar.

Imagem principal: Fair Play assessoria

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