Análise dos valores pagos pela transmissão do futebol brasileiro
Os valores que envolvem as transmissões do futebol brasileiro estão ficando cada vez maiores. A recente competição entre Rede Globo e Esporte Interativo pelas principais competições nacionais deram uma inflacionada no valor do pacote pago pelas transmissões.
Segundo recente matéria da ESPN, a Globo vai pagar 60 milhões pela Primeira Liga, até 2019. Já uma matéria mais antiga referia que o Esporte Interativo oferece R$ 600 milhões pelo Campeonato Brasileiro. Porém a Globo cobriu a proposta. O valor total chega a R$ 1,1 bilhão, número esse alcançado em 2015. Este montante está dividido em R$ 650 milhões para jogos transmitidos pela TV aberta e recebeu um incremento de R$ 450 milhões pelo pay-per-view, que inclui também a transmissão pelo SportTV.
Copa do Brasil: a partir de 2018, a Rede Globo vai pagar R$ 350 milhões pela transmissão do torneio, informação do repórter Rodrigo Mattos.
Para analisar:
Um torneio completamente novo, como a Primeira Liga, faz-se necessário? Penso que a valorização do campeonato brasileiro, que já é competitivo, primordial. O Brasileirão é o principal campeonato do país, com grande nível de competitividade e dificilmente um favorito disparado. É possível pensar numa cota agregada de um só torneio, que possa superar os valores somados do Campeonato Brasileiro e da Primeira Liga? Vimos uma média de público boa da PL, com 11.842 pessoas. Levando em conta a atual média do Brasileirão de pouco mais de 14 mil, boa média.
Como sanar? Com melhor equilíbrio da divisão de cotas. A Primeira Liga acata uma cota mais justa: 45% de maneira igualitária, 32,5% a partir da audiência e outros 22,5% em premiação. Vale aqui uma observação: os valores das competições foram de fato reajustados graças a concorrência de mercado, onde o Esporte Interativo ofereceu uma fortuna e a Globo incrementou a oferta ao final.
Qual o limite dos estaduais? Esse é o grande entrave. Primeiro pelas equipes menores, já com calendários escassos. As equipes precisam sobreviver e precisam de competições. Como fomentar a disputa? Instituir torneio nacionais, como divisão D regionalizados (atualmente já obedece essa premissa) e com mais vagas. O segundo problema é crasso e está enraizado na cultura do futebol nacional: as federações. A priori, a maioria delas é contra o término do estadual. Questão política e de garantia de recursos.
E você? O que acha melhor? Valorizar os torneios já existentes? Buscar novas fórmulas? Comente.