Clubes nas redes sociais: ranking de seguidores x engajamento
Por que o seu clube insiste no número de seguidores e esquece do principal, o engajamento?
Esqueça todos os rankings que vemos constantemente sobre seguidores dos clubes nas redes sociais. A corrida pelo topo no número dos seguidores é caminho perdido. São apenas números de vaidade. Afirmamos isso constantemente nas conversas sobre gestão e marketing esportivo pelo Ataque.
As empresas patrocinadoras buscam por engajamento. Perfil engajado tem maior poder de visibilidade, tem mais interação com o internauta e consequentemente atrai mais anunciantes qualificados seduzidos pelo engajamento proporcionado pelo perfil. Um torcedor que comenta, compartilha, passa algum conteúdo para frente é muito valioso. Este se envolve mais e propaga as postagens.
Sabe por que o seu clube insiste no número de seguidores? Porque aumenta o funil: com mais seguidores, mais chance de ganhar curtidas e compartilhamento. Só por isso.
Quem se baseia em números de seguidores comete erro
Seguidor não é algo dificil de conseguir e o principal: qualquer um pode se tornar seguidor. O fato do twitter do Ataque, por exemplo, seguir vários perfis dos times brasileiros, deixa claro que uma conta comum pode seguir vários perfis. Isso vale para todas as redes sociais. Deste modo, não necessariamente o clube X tem somente seus torcedores seguindo. Claro que a realidade remete a maioria: Flamengo e Corinthians tem mais seguidores, até por terem as maiores torcidas do país. Mas os números, neste caso, mentem. O caso da Chapecoense foi claro. Após o trágico acidente ao final de 2016 alavancou o número de seguidores do clube. Impulsionou até os números de sócios. Mas, no fundo, o momento sensível e o abraço do torcedor junto a agremiação foi preponderante para alavancar os números dos catarinenses. No entanto, hoje, o número já caiu consideravelmente.
Criar conteúdo: o novo fantasma dos clubes
A melhor forma de engajar o público é criar conteúdo original, relevante e valioso para seu público. Contudo, os clubes já perceberam isso. Porém a qualidade nunca é precisa. Alguns fatores são curiosos:
- Falta gente – e não somente competência, mas em geral os clubes têm estrutura enxuta;
- Falta mais criatividade (o fato de não ousar deixa o conteúdo frio). Ponto importante que mostra que a originalidade e sair do lugar comum gera interesse do grande público – até outros torcedores;
- O torcedor precisa entender a nova forma de comunicação.
Este último item é especial. Se o clube tenta algo diferente, os torcedores mais tradicionais batem de frente. A rede social permite um canal de comunicação direto, claro e aberto. O fato do torcedor xingar, reclamar, vai na contra mão da mudança na comunicação. E que fique claro: não defendo, em nenhum momento, que o perfil seja de conteúdo pastelão, por exemplo, com brincadeirinhas e/ou postagens provocativas.
Pense você também, torcedor.
Com mais engajamento, acima de tudo, o seu clube atrai mais patrocinadores.
Se quer mudanças e mais autonomia na comunicação dos clubes, deixe-o trabalhar. E aceite os novos tempos.
E com uma comunicação mais direta, você terá notícias diretas do seu clube, em primeira mão, dos canais oficiais.
O papel da rede social dos clubes tem tudo para suprir a imprensa com notícias e dia a dia dos treinos. Produzidas diretamente por quem entende você.
E que não ignoremos a imprensa. Mas que ela veja o papel dela como crítica, atuante e analítica. Bem diferente dos canais das suas redes sociais, onde os patéticos perfis das maiores emissoras compartilham piadas e memes.
Que mudemos, todos.
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Foto: Reprodução do Twitter
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