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Big Data no Esporte – tendência é de forte mudança no cenário esportivo

Big Data no Esporte

A velocidade com que estamos encarando as mudanças deste século é impressionante e, ao mesmo, assustadora. As informações geradas através de aplicativos instalados nos smartphones podem trazer inúmeros insights. A internet das coisas vem para permitir a conexão entre dispositivos, objetos e pessoas com a finalidade de gerar e transmitir dados. A inteligência artificial busca a capacidade de simular uma inteligência humana de raciocínio, percepção e tomada de decisão baseados em um banco de dados. E, por fim, o 5G vai apresentar uma nova era da conexão com uma velocidade muito maior e mantendo tudo conectado com forte impacto nos negócios das empresas. É a era do Big Data no Esporte.

Agora, imagine a quantidade de dados que o esporte em si pode gerar se utilizarmos cada uma dessas inovações. Uma partida de futebol, as variáveis no momento de contratar um jogador, a operação de um evento esportivo, o desempenho técnico, físico e fisiológico de atletas, as mídias sociais, os programas de sócios torcedores com seus inúmeros KPIs, além do streaming, alterando o modo com que assistimos esportes.

Esse é o grande cenário que compõe o Big Data, termo que Gideon Gartner – patriarca da indústria de TI, define como “ativos de informações de alto volume, alta velocidade e/ou alta variedade que exigem formas inovadoras e econômicas de processamento de informações que permitem uma visão aprimorada na tomada de decisão e automação de processos”.

Segundo uma estimativa da International Data Corporation (IDC), as receitas globais geradas por soluções de Big Data e business analytics deverão alcançar US$ 189 bilhões em 2019.

Esse é um mercado que apresenta um crescimento nos próximos anos, haja vista, a capacidade dos players em entender a importância de coletar dados e realizar análises mais precisas, a fim de buscar respostas para as soluções de seus negócios, a exemplo da conquista e fidelização de novos clientes/fãs, parcerias comerciais entre clubes/ligas com empresas, ou ainda a evolução na análise do desempenho físico e técnico de atletas, entre outros.

Casos no Esporte – Federação Alemã de Futebol, NBA, Corinthians e Arena Hub

Um grande caso que tem tudo para ser a referência do Big Data no Esporte é a Academia DFB. Trata-se do novo centro tecnológico, esportivo e de estudos da Federação Alemã de Futebol. O projeto foi batizado de “Vale do Silício do Futebol”, e será inaugurada em 2020, sob investimento de 110 milhões de euros. O complexo está em andamento na cidade de Frankfurt e promete integrar as áreas técnicas, médica, gestão, comunicação, inteligência artificial e tecnológica com o grande objetivo de impactar diretamente no rendimento dos atletas. O objetivo é tornar a Alemanha a maior potência do futebol mundial.

Entre as ligas, a NBA utiliza o seu app integrado a uma plataforma de mineração de dados. Ele oferece informações detalhadas em real time sobre estatísticas e desempenho dos atletas. Além disso, oferece análise das jogadas, probabilidade de acertos na cesta e simulação de cenários, portanto uma forma de engajar os fãs da liga utilizando uma grande massa de dados.

No Brasil, o cenário é tímido entre clubes e federações/confederações, mas já apresenta boas iniciativas.

O Corinthians fechou com a IBM uma parceria de 10 anos. O acordo prevê a gestão do programa Fiel Torcedor e dos serviços oferecidos na Arena Corinthians. Entre os primeiros resultados está a nova infraestrutura de TI na Arena. Além da criação de um modelo de gestão capaz de receber inovações, além da reformulação do site Fiel Torcedor.

A Arena Hub é hoje o maior centro de inovação para a indústria de esporte e entretenimento da América Latina. Localizado no Allianz Parque, promete ser o grandecentro e fomento ao empreendedorismo. Com foco em esportes e impacto social, a arena vai conectar profissionais, startups, entidades, investidores e grandes empresas do ecossistema”, de acordo com seu site oficial. Para Pedro Daniel, líder da indústria do esporte na EY, “o projeto apresenta três pilares básicos: capacitação, e-Sports e engajamento de torcedores, mas ao todo são nove áreas de atuação, com diferentes focos”.

O filme “O homem que mudou o jogo” (Moneyball) foi lançado em 2011. Estrelado por Brad Pitt, o longa apresenta a história de Billy Beane, o gestor do time de baseball Oakland Athletics. Ele usou do cruzamento de estatísticas do desempenho de diversos atletas para contratar os jogadores e formar uma equipe competitiva. Em outras palavras, um caso real de Big Data no Esporte. E exemplo da importância dos dados e sua análise na tomada de decisão em um esporte de alto nível técnico.

As oportunidades geradas pela utilização do Big Data podem trazem inúmeros insights para todos os players da indústria com forte impacto em suas receitas e no engajamento de fãs mais exigentes que buscam por experiências. Portanto, o segredo passa pela análise desse conjunto de dados e qualificação de profissionais que estão ocupando essas posições, a partir dos objetivos traçados na utilização dessas inovações no esporte.

Imagem principal: lawinsport.com

Imagens secundárias: Divulgação  / Canal do Youtube Arena Hub / Divulgação Facebook

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