Gestão

Balanço Financeiro do Atlético 2018 e a falsa austeridade prometida

Balanço Financeiro do Atlético 2018

Operando mais um ano em prejuízo, Atlético precisa aumentar fontes de renda

De acordo com o Balanço Financeiro do Atlético 2018, a austeridade prometida pelo atual presidente Sérgio Sette Câmara não chegou nem perto do que se pretendia. A dívida e os gastos aumentaram. Para piorar o panorama, o clube estagnou a arrecadação. Sem Libertadores para disputar, o faturamento não teve o alcance satisfatório.

Com poucas revelações na base, arrecadar com vendas de jogadores também mostrou ser péssimo número.

A folha salarial do clube com o futebol chegou em 9 milhões em média por mês. É uma das mais caras do país, para um clube que sequer estava na Libertadores ano passado.

Análise do Balanço Financeiro do Atlético 2018 e DRE:

1) O Atlético teve um aumento de prejuízo de aproximadamente 21 milhões de reais. Era R$ 473.796.069 e passou para R$ 494.911.916.

2) O intangível do CAM valorizou de R$ 47.736.178 para R$ 82.293.109, isso quer dizer que valorizou os direitos econômicos dos atletas do clube.

3) Em contrapartida o Galo aumentou suas obrigações para com bancos ao adquirir empréstimos, aumentou de R$ 123.785.589 em 2017 para R$ 196.251.376 em 2018. Um aumento preocupante.

4) O clube alvinegro teve pouco mais de 8 milhões de receitas com bilheteria, bem menos que o rival. Entretanto, é preciso lembrar que o clube optou por mandar jogos no independência. Além do mais, o ticket médio do ingresso do clube também caiu.

5) A receita líquida do Atlético caiu de R$ 311.365.026 em 2017 para R$ 257.987.151 em 2018.

6) O custo com pessoal (folha de pagamento) e direitos de imagem caiu de R$ 127.428.294 para R$ 118.005.934, bom sinal, o clube enxugou a folha em R$ 9 milhões.

7) O clube não tem preocupações a curto e médio prazo com o Profut. Desde o imbróglio com a venda do Bernard, a situação foi resolvida: R$ 54 milhões da venda (90%), o Atlético Mineiro conseguiu quitar boletos até outubro de 2021.

Pontos finais

O Galo precisa urgentemente criar novos canais de monetização. O discurso do presidente Sette Câmara sobre austeridade não foi cumprido na prática.  O grande diferencial do Galo em relação ao Cruzeiro é ter R$ 436.965.000 de propriedades para investimentos (Shopping Diamond), e poderia vender a qualquer momento e praticamente quitar seu prejuízo total acumulado. Mas é preciso lembrar que metade do Shopping já está comprometido em venda para o consórcio Multiplan, que poderá dar origem À Arena MRV – o tão sonhado estádio do clube.

Incrementar a receita com novas fontes de arrecadação é uma lamúria que o torcedor Atleticano solicita desde quando o Ronaldinho jogava pelo clube. E o torcedor não via nenhuma ação de impacto. E o presidente repetia que marketing é bola na casinha…

Parceria feita com Daniel Salles Mendes – CRC: 090565/O-6

Imagem: site do Atlético

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