Marketing

Até onde vai o machismo no futebol?

Hoje o assunto foge um pouco do nosso querido marketing esportivo, porém a reflexão é necessária.

Recentemente, o Santos contratou o atacante Robinho, acusado de estupro na Itália. Este mesmo Santos que levanta bandeiras, o mesmo Santos que defende causas feministas, o mesmo Santos que apoia mulheres no futebol.

No mínimo, contraditório, eu diria.

Hoje, foi publicado no ge.globo, a transcrição de um telefonema entre o jogador e seu amigo, Falco, que comprova a existência  do estupro. Palavra pesada, não é?! Mas foi realmente isso que aconteceu.

Poderia vir aqui analisar como isso refletiria no clube, “marketeiramente” falando, mas o buraco é bem mais fundo do que imaginamos e, particularmente, me faltam palavras para descrever a atitude do clube em repatriar este cidadão condenado em primeira instância pela justiça italiana.

Preparem o estômago, pois vou citar alguns jogadores empregados atualmente no futebol brasileiro:

Goleiro Bruno, atualmente no Rio Branco-AC.

Este mesmo que você está pensando, o que mandou esquartejar a mulher e deu seus restos mortais para o cachorro. Detalhe importante: cumpre regime semiaberto.

Jean, goleiro do Atlético-GO.

Para quem não sabe, o jogador espancou a ex-mulher. Na época, atuava pelo São Paulo, que imediatamente rescindiu o contrato com o mesmo.

E agora, o “rei das pedaladas” vem como cereja do bolo.

Gostaria de levantar uma questão, pra você, que tá aí do outro lado. Como explicar para uma filha que o futebol também é lugar para as mulheres? Complicado, né?!

Sempre bom lembrar que, a falta de caráter se estende à todos que são coniventes com a situação, os que aplaudem e tentam arrumar motivos e desculpas para inocentar os “atletas”, sejam eles: os responsáveis pela contratação, torcedor que se omite e, também, àqueles que acham “graça”.

As expressões “militante” e “feminista” são ditas frequentemente, por parte de alguns, de maneira pejorativa. Sendo que, está escancarado  que a conscientização do feminismo é extremamente necessária para que o futebol mude.

Sempre foi um desafio para as mulheres falar sobre futebol. A todo momento ter que provar que sabe as regras, escalação do time de coração, quem era o técnico em 1943, dentre outros questionamentos absurdos que nos deparamos por aí.

Aqui você pode conferir um pouco da rotina das mulheres no futebol e como o machismo as afeta.

Infelizmente, o problema ainda está enraizado na nossa sociedade. Esperamos que um dia possamos acompanhar nosso esporte tão querido sem ter que tomar este tipo de posicionamento.

Imagem: Ivan Storti/Santos FC

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