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Sportflix chega ao mercado e pensamos no impacto

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Sportflix entra no mercado dia 30 de agosto e avaliamos como será o reflexo disso no mercado

Como o Sportflix vai impactar nas transmissões do esporte com a sua chegada? Duas palavras são muito importantes nesse processo: comportamento e concorrência. E isso provavelmente será o principal mote da entrada do Sportflix. O streaming surgiu com força no mercado e as opções do consumidor aumentam.

A empresa, sediada no México, promete que os eventos podem ser vistos em alta definição. Sem anúncios, e você poderá ver através de televisores, computadores, tablet e smartphones. Muito semelhante à forma como funciona o Netflix.

Fizemos uma rápida enquete pelo twitter e o resultado dela é curioso:

Uma pesquisa feita pela empresa sueca Ericsson com 23 000 pessoas de 23 países, inclusive o Brasil, mostra que 75% delas assistem várias vezes por semana a algum tipo de vídeo sob demanda, nome dado ao que está disponível em serviços como o Net­flix e o YouTube. Esse número está apenas um pouco abaixo dos 77% que dizem ver TV aberta ou paga mais de uma vez por semana.

Comportamento do consumidor

Hoje é difícil imaginar alguém que seja refém da TV. Canal aberto então, já não podemos apontar alguém que se limita a apenas essa opção. Analisando como o esporte tem saído do óbvio, a CBF mesmo conseguiu em uma primeira tentativa, um jogo da seleção aberto para todas as emissoras. O consumidor em geral (além do esporte) hoje tem o serviço de streaming como um grande aliado. Ele pode acompanhar a programação que por ventura perdeu escolhendo um dos programas da TV a cabo. Ele pode assistir um filme pelo Netflix a hora que quiser. No site da emissora, ele consegue optar por ver o trecho de um telejornal. A demanda é pela programação que atende a situação que o torcedor tem a necessidade de assistir. No dia e na hora que ele quiser.

 

Concorrência

O leque de opções para o consumidor se abre. Em termos de mercado, a disputa pela audiência vai aumentar, os canais de transmissão vão se expandir. E claro, as opções de negócios entre empresas e transmissoras serão ampliadas. Mas o principal: como as opções são reais e estão aumentando, é notório que a qualidade será item importante. Quem não tiver qualidade na grade vai ficar pra trás.

Fora da mídia habitual

Em junho, contra Argentina e Austrália, a Confederação Brasileira de Futebol fechou contrato para a transmissão das partidas com a Empresa Brasil de Comunicação. Os jogos foram transmitidos na TV Brasil. O Superclássico das Américas teve 2,3 milhões de visualizações ao todo, em quase três horas de transmissão, com quase 200 mil acessos simultâneos. Na interação, mais de 194 mil “reações” foram somadas à publicação que continha o vídeo da partida, que contou com narração de Nivaldo Prieto e comentários do ‘Rei’ Pelé, Denilson e do ex-árbitro Rodrigo Cintra.

Outra iniciativa de destaque foi a transmissão do clássico paranaense, pelo estadual, através do youtube.

Comunicado Grupo Globo

”Sobre o comunicado da empresa Sportflix referente à operação de streaming via internet de eventos esportivos, o Grupo Globo esclarece que é detentor exclusivo dos direitos de transmissão, incluindo Internet, no território brasileiro, de eventos tais como: Campeonato Brasileiro (direitos exclusivos também para o exterior); Copa do Mundo da FIFA; Campeonato Francês; e Jogos Olímpicos, entre outros eventos. Tal qual outros grupos de mídia, acompanhamos com apreensão o comunicado do Sportflix divulgando a transmissão dos mesmos eventos no Brasil, mediante cobrança de assinatura em dólar, sem as devidas autorizações legais para tal transmissão. Declaramos que não mantivemos qualquer contato ou negociação com o Sportflix que o capacite a oferecer tais transmissões. O Grupo Globo reafirma seu compromisso com a qualidade de suas transmissões e pela ética nas negociações.”

Netflix e YouTube, hoje, respondem por quase metade dos bits trafegados pela internet no horário mais importante para as emissoras de TV. Entretanto, o dinheiro da publicidade ainda não está acompanhando a migração digital da audiência.

Agora, é aguardar os desdobramentos. A principio, quem ganha é o consumidor com mais uma opção para acompanhar seus esportes favoritos.

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