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5 pontos para rever o conceito da comunicação e conteúdo web: clube x torcedor

5 meios que farão você rever o conceito da comunicação clube x torcedor

O torcedor está se habituando cada vez mais a compartilhar e interagir com o conteúdo produzido pelo clube

Recentemente fiz uma pesquisa, simples, com meus seguidores no twitter. O tema da pesquisa era: Você está satisfeito com o trabalho de mídia/comunicação/interação do seu clube? Entre quase 1300 votos do torcedor brasileiro, 68% avaliou como positivo.

Mesmo com muitas ponderações, os torcedores gostam do que é publicado pelos clubes. Vale a novidade. Avaliam como positivo os conteúdos que estão sendo veiculados. O site do time ainda é a informação oficial. Porém, algo está mudando na comunicação e, claro, na relação clube e torcedor.

A mídia convencional continua com sua programação a respeito dos clubes, novidades e claro, transmissões esportivas. Mas hoje, os clubes estão proporcionando sua própria iniciativa. Os grandes já estão produzindo materiais interativos, entrevistas e materiais que interessam diretamente o torcedor.

Recentemente, falamos da nova era da comunicação dos clubes, e o Grêmio foi exemplo: https://goo.gl/zXWjiZ

Mas quais os 5 pontos básicos dessa ótica? Vamos lá:

1 – O hábito do torcedor mudou.

Esqueça aquela discussão do torcedor “raíz” x torcedor “gourmet”, no qual o segundo gosta de ir em arenas, quer conforto e usar o celular durante as partidas. Essa pessoa é real e dificilmente o panorama vai mudar. Já é comum no futebol. O hábito do brasileiro mudou também. A pesquisa Digital Future Focus Brazil 2015, divulgada pela consultoria comScore mostra que os brasileiros são líderes no tempo gasto nas redes sociais. A nossa média é 60% maior do que a do resto do Planeta. Os brasileiros gastam 650 horas por mês em redes sociais. O 2º lugar ficou com os portais de notícias e entretenimento, com 290 horas. O Facebook é a maior rede social em número de visitantes únicos. São 58 milhões, o que representa um alcance de 78% do total de usuários únicos no Brasil.

2 – Alcance com foco.

As empresas buscam muito as redes sociais para patrocínios de atividades. Empresas comuns já trabalham em parceria com digital influencers para divulgar produtos em canais de youtube, por exemplo. A chance de explorar essa mídia é fantástica. O principal: além de criar conteúdo para o torcedor, ele vai direcionar matérias e temas de acordo com o interesse do torcedor. E talvez, até mesmo garantir um patrocinador para a ação ou expor a marca de um parceiro.

3 – Possibilidade grande de variações nas interações.

Vídeos, entrevistas, fotos, músicas, lances do passado e história. Muita história. Isso vai depender da criatividade do setor de comunicação responsável. Mas até mesmo paródias com músicas atuais são feitas. Santos e Corinthians já brincaram em seus canais de youtube com hits do momento e colocaram suas estrelas para dançar em vídeos com muito ibope. Nesse ponto, a criação e inovação são um atrativo a mais no que é oferecido. Veja abaixo o vídeo do Santos interpretando o hit de 2012 “Call me Maybe” (quase 1 milhão de visualizações):

4 – Gama grande de conteúdo a ser utilizado.

E o melhor: consultar/ver depois. Aquelas entrevistas mais intimistas com o craque do time. O dia a dia do clube. Acima de tudo, a história do hino do clube. Como foi construído o estádio do time? Muitas curiosidades podem ser exploradas e muito conteúdo está a disposição para ser colocado no ar. Pelo Twitter, a informação rápida e precisa sobre o momento. Facebook é uma chave grande na interação da rotina do dia. Instagram tem a possibilidade de compartilhar muitas fotos. A comodidade de ver o conteúdo quando você puder e da forma que quiser é peça chave nisso. Fora eventos ao vivo, a reprise pode ser vista posteriormente. Esse conforto pode ser considerado também um diferencial ao acesso que as torcidas podem ter.

5 – Resultados.

De acordo com o Futebol Retweet, ferramenta criada para clubes de futebol e que concentra demandas digitais para as áreas de Comunicação e Marketing, é possível mensurar evolução de hora em hora do número de seguidores e estatísticas de cada tipo de interação. Além de saber quais os melhores posts em cada rede social.

Ou seja, o clube pode ter o controle do seu ibope. Através do Futebol Retweet, por exemplo, conferimos a popularidade das mídias sociais dos clubes. O atual líder do ranking é o Corinthians, com 4.892.674 seguidores nas principais redes sociais: Facebook, Instagram, Twitter e Youtube. Em segundo lugar vem o Flamengo com 4 milhões e duzentos mil aproximadamente e fechando o pódio é o São Paulo, com 3 milhões e 405 mil.

Segundo Luiz Filipe Machado, um dos responsáveis pelo Futebol Retweet junto com Gustavo Manso, é muito importante focar no engajamento. Acima de tudo, torcedores de um mesmo time têm comportamentos diferentes nas redes sociais. O que, no final das contas, como eles se engajam acaba sendo até mais importante. Afinal, é um número que mostra a quantidade de seguidores que divulgam as informações que o clube publica. O FR tem um ranking do engajamento por seguidor, que ajuda a ver quando times com torcidas menores se destacam. Exemplo? Flamengo: Inauguração do CT foi um sucesso no Twitter e quase não teve engajamento no Facebook. “Eu nunca digo isso com todas as letras nos meus textos, mas fica a impressão de que no Twitter a torcida acompanha o clube mais de perto. Se interessa por bastidores e essas coisas que “torcedores comuns” não ligam.” afirma o Luiz.

Final

O canal está aberto. Enquanto os setores de comunicação do esporte já começam a ativar ações e envolver parceiros em suas transmissões. Dizer que o futuro é agora pode ser um lugar comum, com tanta inovação que ainda está por vir.

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