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Novo escudo do Real Valladolid: especialistas analisam a mudança

Novo escudo do Real Valladolid

Torcedores criticam novo escudo do Real Valladolid e especialistas analisam os motivos da mudança

Nesta quinta-feira (23), um grupo de torcedores do Real Valladolid, equipe espanhola de propriedade do ex-atacante Ronaldo, realizou um protesto no setor norte do estádio José Zorrilla contra a alteração no escudo da equipe. Incomodados com o novo escudo do Real Valladolid , os apoiadores, que consideram a mudança desnecessária e pedem respeito pela tradição, criaram a campanha #ElEscudoNoSeToca nas redes sociais.

A alteração na identidade visual, divulgada no início desta semana em homenagem ao aniversário de 94 anos do clube, foi classificada como “reflexo de uma nova era” pelos mandatários do Albivioleta. Em carta emitida aos 18.017 sócios do time, Ronaldo defendeu as mudanças e afirmou que houve um cuidado rigoroso durante todo o processo de modernização do emblema.

Armênio Neto, especialista em negócios no esporte, comenta sobre a decisão: “O futebol é um esporte muito apegado às tradições e o emblema da equipe faz parte dessa história. Nesse contexto, há resistência para mudanças. Porém, se tratarmos o clube como um negócio e a modalidade como um produto, o escudo deve ser visto como uma logomarca. Sendo assim, existe um debate sobre o rejuvenescimento periódico do brasão. O segredo é modernizar sem exageros e manter a essência. Com o passar do tempo, o fã irá se habituar e absorver as mudanças”.

A alteração na identidade visual tem sido cada vez comum mais entre os clubes

Além do pronunciamento do brasileiro pentacampeão mundial em 2002, outros diretores se posicionaram e afirmaram que o novo escudo projeta o futuro do clube. A nova identidade visual, que contou com a participação de sócios-torcedores e historiadores na confecção, tem inspiração no modelo produzido em 1928, com destaque para as chamas, a coroa e as cores branco e violeta.

“Todas as mudanças de identidade visual geram ruído. Observamos algumas pessoas satisfeitas e, por outro lado, indivíduos insatisfeitos. Os dirigentes, de uma forma geral, calculam os riscos e planejam para que essas alterações sejam realizadas em situações em que haja maior aceitação por parte dos torcedores”, afirma Renê Salviano, responsável pela agência HeatMap e executivo com mais de 20 anos de experiência profissional em diretoria comercial, de marketing e novos negócios do esporte.

Recentemente, diversas equipes ao redor do mundo mudaram os brasões e lidaram com a calorosa reação dos apoiadores. Internacionalmente, por exemplo, Fiorentina, River Plate, Manchester City, PSG, Lille, Juventus, Atlético de Madrid e Roma passaram pelo procedimento de modernização do brasão. No Brasil, Atlético-GO, Vasco, Bragantino, Athletico e Goiás também alteraram a identidade visual. Nas redes sociais, torcedores afirmam ter receio de que o modelo de SAF altere as principais identidades de seus respectivos times, como os escudos tradicionais.

Eduardo Carlezzo, advogado especializado em direito desportivo, explica sobre a apreensão de mudança do escudo após a instituição aderir ao modelo de SAF: “A lei é bastante protetiva no tocante a determinadas mudanças em questões fundamentais e históricas do clube. O acionista controlador da SAF não poderá mudar o distintivo do clube sem a prévia concordância da associação”.

Foto: Reprodução

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